Universidade Jean Piaget de Cabo Verde


Universidade Jean Piaget de Cabo Verde abre mais doze mestrados


O Ministério do Ensino Superior, Ciências e Inovação de Cabo Verde acaba de autorizar a entrada em funcionamento de doze mestrados na Universidade Jean Piaget de Cabo Verde.

Jean Piaget de Cabo Verde

Os Planos curriculares Economia Aplicada, empreendedorismo, Gestão de Recursos e do conhecimento, Engenharia de sistemas e informática, entre outros cursos que serão oferecidos
à sociedade Cabo Verdiana no decorrer deste ano lectivo 2012\2013.


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Jornalismo-online em Cabo verde ainda na fase embrionária


Jornalismo-online em Cabo verde ainda na fase embrionária

 

 

O jornalismo-online em cabo verde ainda vagueia as margens do modelo adaptado, correspondente a 2º fase proposto pelo Cabrera Gonzáles na sua concepção sobre as fases e modelos do Jornalismo-online. Eu diria que nem nesta fase ela se enquadra perfeitamente, pois, no tocante ao uso de hipertexto uma ferramenta diferenciada no contexto online a prática é inespressa. De entre os jornais nacionais, o que de forma tímida e mal concebida tentou fazer o uso do hipertexto é o Liberal online.

 
Os jornais com maior incidência ‘‘são publicações online nascidas em grupos de comunicação proprietários de jornais em papel’’, como é o caso dos jornais: A semana, Expresso das Ilhas, e A Nação. Estas só se diferenciam no layout, ou nos títulos, não no uso das ferramentas que a Internet oferece.

 
Relativamente as fases proposta pelo Canavilhas a fase correspondente a jornalismo praticado pelos meios de comunicação das ilhas é a primeira fase, a do jornalismo online. Fase onde as publicações conservam características dos meios que estiveram na génese. Não se verifica a actualização constante, ainda prevalece a questão do não uso do hipertexto, existe a possibilidade de comentar, mas a interacção é muito baixa

 
Quanto às rádios online, as novidades seriam o acréscimo de notícias escritas, a a disponibilização da programação e dos contactos, bem como a emissão online. Na perspectiva nacional a emissão online tem participação moderada da população da diáspora Cabo Verdiana.

 
Relativamente aos sites de televisões, noticias em vídeo não são trabalhadas especificamente para o ambiente web está na fase de transfusão, caso da TCV.

Em suma qualquer uma das fases em que se pode enquadrar a prática do jornalismo-online, em nenhuma ela se enquadra perfeitamente, ela não preenche todos os requisitos. A questão que se coloca é se os profissionais de comunicação não estão a par da existência das ferramentas da internet, se rejeitam o seu uso, ou se são simplesmente negligentes.


Jornalismo Online em Cabo Verde

Jornalismo Online em Cabo Verde




 

Sites de comunicação online é uma realidade no mundo todo, Cabo Verde não ficou indiferente a esta nova modalidade do jornalismo, prova disso é a frequente emergência de sites voltados para esta prática.

O Espaço web possui ferramentas próprias, por isso impõe exigências específicas. O conhecimento destas ferramentas tem de estar na vanguarda do trabalho de qualquer órgão de comunicação online. É inteligente ter em consideração que internet é sinónimo da convergência mediática. Os jornais onlines de cabo Verde parecem não estar a par desta realidade, uma vez que o que se verifica é que o modelo dos jornais ainda gravita na fase de mera transposição do texto impresso pra o suporte digital.

O uso de hipertexto, ou seja, a possibilidade de se estabelecerem sucessivamente ligações entre textos e outros registos, o que torna o consumo informativo individualizado. Ainda o facto deste ele designar um processo de escrita\leitura não-linear e não hierarquizada que permite acesso ilimitado a textos de forma instantânea não se verificam, salvo ressente tentativa da liberal online de postar links mal referenciados de notícias relacionadas.

No que tange a hipermédia, ou seja, a união num único suporte de conteúdos escritos, sonoros e imagéticos, sejam as imagens fixas ou animadas é uma realidade pouco aproveitada principalmente no que se refere ao uso de vídeos.

A interactividade por sua vez, possibilita o receptor participar e interagir com o jornal e até de noticiar e funcionar como fonte de informação, não se faz sentir. Penso que esta feramente em particular, seria de extra-ordinária utilidade tendo em conta que somos um país insulara, que temos uma vasta população emigrada.

A  glocalidade, ou seja, fabrico local mas alcance mundial. Este vector conota o facto de as notícias não seres exclusivamente para a população no país, para a nossa diáspora, mas também para internautas de qualquer outro ponto de mundo interessados na realidade das nossas ilhas

De resto, a personalização, ou seja, a possibilidade de o leitor interagir sobre a forma e o conteúdo do jornal, para consumir unicamente o que quer e como quer, dentro dos condicionalismos do software; os alertas noticiosos, o recebimento de um jornal a la carte, o recebimento de newsletters, etc. podem incluir-se na personalização é praticamente inexplorada, fora espaço para comentários informais.
E Por último, mas não menos importante temos a Instantaneidade, ou seja, a possibilidade de as notícias serem transmitidas no momento em que são finalizadas ou em directo, um sonho distante, pois, as notícias mal são actualizadas.

 

Vale a pena ressaltar que em termos de avanços a publicidade-online está de longe, mais próximo do que se faz hoje em outras paragens. Com efeito, torna se crucial o estudo das características do novo meio e adapta-lo ao discurso jornalístico.

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A caminho do Webjornalismo
Um começo do online


 

Beso



 
 
"...Cada beso perfecto aparta el tiempo,
le echa hacia atrás, ensancha el mundo breve
donde puede besarse todavía..."
 
"...Cada beijo perfeito afasta o tempo,
joga-lhe para atrás, alarga o mundo breve
onde pode beijar-se ainda..."
Pedro Salinas

Quadros de Kiki Lima

Intimidades da dança

Plurim d'virdura

Sala d'Bódj

Dança de Batuque

Bagagem de mão

Excesso de bagagem

Na rua

Avental de vendedeira

Mulheres animadas

De passagem

Vendedeira

Orlando Pantera







Orlando Pantera

 Orlando Pantera (1967-2001)

  "Ó ki'm morrê antes tempo ressuscitan sem licença"/"A quem morre antes do tempo ressuscitam sem pedir licença".

Orlando Monteiro Barreto nasceu no interior da ilha de Santigo em Novembro de 1967.Considerado percursor de um novo estilo na música cabo-verdiana, Orlando Pantera foi letrista, compositor, multinstrumentista e só nos últimos anos de vida é que cantou em público.
O apelido Pantera como ficou perpetuado, deve se ao facto de em criança ter sido um amante da revista Pantera Cor-de-rosa. Andava sempre com elas, daí os amigos num subúrbio da praia chamavam- no” Orlando Pantera”. Teve acesso a revista em Angola, país onde chegou com um ano na companhia dos pais e deixou, oito anos depois na viagem de regresso à Cabo verde.

Pantera faleceu aos 33 anos vítima de pancreatite aguda, a 1 de março de 2001, altura em que gravaria o seu primeiro álbum "Lapidu na Bô"/ "Grudado em Ti". Deixou uma filha chamada, Darlene que teve com a Carla Garcia, (companheira durante oito anos). Um ou dois dias antes tinha actuado no Quintal da Música, espaço cultural na Cidade da Praia (platô), onde dava espetáculos as quintas-feiras. Horas antes de ser internado, tinha estado com os amigos num "hora di bai", convívio de despedida em homenagem a alguém que ia viajar. O seu primeiro emprego foi o de animador social.
Pantera não deixou nenhum álbum gravado mas um leque de obras que não deixa indiferentes os ouvidos daqueles que se deixam tocar pela qualidade. Ele ressus
citou os géneros tradicionais como Batuke, funaná, Tabanca que eram proibidos até a independência, e que iam perecendo após esta.
"É preciso observar, viver e guardar na alma".
 Da observação, do contacto, com a vivência do povo do interior criou um estilo autêntico, original, sem tirar os pés da raiz que tanto o inspirou. Ele cantava com todo o corpo, dava vida a o que se chama tradição, de forma inovadora sem corromper o que de genuíno trazia a sua música.
 Quem o via interpretando num palco, de camisas e calças a boca-de-sino, não via nele o homem tímido que desde de miúdo desacreditava na sua voz, por isso pedia as pessoas para cantar a sua música. Guitarrista e baixista, Pantera debruçou, também na percussão, retirando sons dos objectos mais inimagináveis, como: pilon, pau de colêxa, búzios e shelafon.
Na sua música retratava a vivencia das mulheres e dos homens do interior da ilha de Santiago,
Nos braços da música esteve em Portugal, França, Holanda, Brasil, EUA e outros países, em digressões. Em Cabo Verde actuou no Quintal da Música, no Pub Cruzero, no Parque 5 de Julho, nos festivais da Gâmboa (Praia), Baía das Gatas (Mindelo) e Sete Luas Sete Sóis (Santo Antão).
 Nos anos 80, integrara vários grupos, dentre eles o Pentágono e o Quinteto Capaverdeans Jazz Band. Mas Passou a ser uma referência musical, a partir do momento que Os Tubarões gravaram, em 1993, algumas das suas composições, nomeadamente o êxito "Tunuca", no CD "Porton di Nôs Ilha". Participou com dois Funanás e uma Coladera. Por esta ocasião foi galardoado com o Prémio Compositor no Ano. Além dos Tubarões existem também compilações com músicas de Pantera: "Verão 2000" e "Filhos do Funaná"; sete composições em discos de outros intérpretes, Mário Rui, Djudja, Grace Évora, Pentágono e Filipe. Pantera, ainda Integrou o grupo Raiz di Polon, junto com o Manu Preto e outros desde 1997.

Orlando é um dos perpétuos nomes da música cabo Verdiana, admirava músicos como Catchás, Kaká Barbosa, Ano Nobo, Manuel d' Novas, entre outros. Pantera deixou vários materiais espalhados. Hoje, alguns amigos procuram levar avante o projecto, como cumprimento de promessa ao músico morto, mas todos sabem que não será a mesma coisa. No máximo, será um esboço do sonho de seu criador, já que o estilo de música por que vinha enveredando era absolutamente pessoal.O estilo de pantera é continuado por artistas como Vadu, Mayra andrade, Lura,tcheca, entre outros

Em homenagem a este malogrado nome o Ministério da Cultura criou “Prémio Orlando Pantera – Descoberta de talento Jovem” que visa de incentivar e promover o desenvolvimento da cultura cabo-verdiana, através da música. prémio contempla cinco modalidades:



·         melhor conjunto ou grupo musical
·         melhor composição musical
·         melhor Música Instrumental
·         melhor Trabalho de Investigação
·         o melhor intérprete
      
   
  É preciso parar e pensar que dimensão teria hoje, Pantera, se esse mundo contasse com a sua presença física, medir a projeção que a sua música teve interpretado por outros artistas, como Lura, Mayra Andrade, entre outros, e adicionar a eles a essência do Pantera, o que o deferi de todos os interpretam a sua música.

Letras de música de Pantera:



Tunuka
Tunuka, Tunuka bála
Ki tem koráji, é só Tunuka di meu
Sukuru ka da-l kudádu,
Ka duê-l xintidu, ki fari duê-l korasom.
Tunuka é nós ki bai,
É nos ki bem, é nos ki fika li-mé.
Nu uni korasom,
Nasionalidádi dja-nu tem dja,
Nu mára nós kondom, nós limária nu dexâ-l la.
É nós ki mbárka pa Sam Tomé
Injuriádu marádu pé
Mi ku bo ki stába la mé
Tudu m-dádu m-da-u també
Na nós pom di kada diâ, oxi dretu manham mariádu
Ramediádu ka tem midjor
Ki spéra m-dádu m-da-u també.
Tunuka kre-u ka pekádu
Da-u ka ta fládu, má só bu da-m ki tenê-m.
Tunuka, Tunuka, Tunuka
Tunuka,Tunuka, é ti si ki-m tem pa-m fla-bu.
(solo)- Tunuka,t,t,t,t, é ti si ki-m tem pa-m fla-bu…










Dispidida
Katorzi mi dja-m bá nha kaminhu
Mi ki s'ta fika ku mi
Es dor ki m-áita leba diáxi mi só ki buskâ-l
Sakédu má m-ka pode ku-el
Detádu e ta mariâ-m kabésa
Lapidu má dj-e karapati ta fasê-m falsiâ !
Ná ná nau, bai gó !
Témpu-simia dja pása, rinka midju na otu lugár
Busu busu si si nau, ó na dispidida !
Tiru ta sai albés pa kulátra,
Mi m-ka fasi náda sima m-kreba
Dádu si ki-m dádu sima m-obi sima m-fládu
Tiru ta sai albés pa kulátra
Mi m-ka fasi náda sima m-kreba
Dádu xikotáda sima flor di midju kankaram !

















Lapidu na bo

Dja-u pinta sáia d'otu kor,
Dja-u muda botom di bu buluza
Bu fazi pé sámbu sima Djulai,
Pa-u pása na mi pa-m ka konxê-u
Bu fanhi narís, dja-u troka vós,
Bu pega bu pila bu dedom di pé,
Bu trokola odju xuxa kolóla,
Bu po xupa-káka pé trokádu.
Má inda m-sta lapidu na bo minina,
E lapidu na bo minina eh eh eh eh...
Dja-u muda kaminhu pa otu rubera
Na mundu bu s't'ánda so pa kau rabés
Ta kóri di mi
Dja-u bá mása bósta, Pilotu mordê-u na máma-kadera
Bu kré otu algem pa-m sai di bu pé
Bu da-m um borduáda-bára-marmuleru
Bu fergâ-m narís na pipí di Taréku
Bu da-m káldu d'ása-kafanhotu...
Má inda m-kuntina lapidu na bo minina
E lapidu na bo minina eh eh eh eh (bis)
(*)E lapidu na bo, m-sta lapidu na bo,
Báxu kótchi-kótchi minina, na séti bráku-bu kabésa
Na tudu pásu ki bu da, m-sta lapidu na bo.
Báxu kótchi-kótchi minina, na séti bráku-bu kabésa uoi
Na tudu pásu ki bu da - eh lapidu na bo, minina eh eh…
Dja-u tra kása tedja dja-u po betom,
Bu po muzáiku na sala-jantár,
Bu po kása finu só pa-m skorega,
Pa-m kai pa-m da kokéta na tchom !
Bu po nogósi na Sukupira :
Brajeru ki toma dja subi dja latchi !
Bu kumpra starletixou di karambóla :
Dinheru m-ka sabi dipundi ki bem !
Má inda m-sta lapidu na bo,
E lapidu na bo minina eh eh eh eh...
Bu kumpra pasáji bu bá Bisau
Bu bá fasê-m kórda ku bu iram,
Bu bá rótcha prétu bu bá kontráta
Ku Xuxu pa-u da kábu di mi di bés.
Kusa ka filâ-bu bu bira dodu,
Bu buâ na mi bu korê-m mó na koxa,
Bu odja ma mi é féru kurádu,
Bu pega bu bóka bu po na di meu.
A-gó ki-m bira lapidu na bo minina
E lapidu na bo minina, eh eh eh eh.
(*)E lapidu na bo minina, m-sta lapidu na bo,
Báxu kótchi-kótchi minina…